quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O QUE PODEMOS FAZER? É URGENTE!

Salvemos os índios Guarani-Kaiowá - URGENTE!

Leia, abaixo, carta de socorro da comunidade Guarani-Kaiowá. Os índios da etnia Guarani-Kaiowá estão correndo sério risco de GENOCÍDIO, com total omissão da mídia local e nacional e permissão do governo. Se você tem consciência de que este sangue não pode ser derramado, assine esta petição. Exija conosco cobertura da mídia sobre o caso e ação urgente do governo DILMA e do governador ANDRÉ PUCCINELLI, para que impeçam tais matanças e junto com elas a extinção desse povo. CARTA:

"Nós (50 homens, 50 mulheres, 70 crianças) comunidades Guarani-Kaiowá originárias de tekoha Pyelito kue/Mbrakay, vimos através desta carta apresentar a nossa situação histórica e decisão definitiva diante de despacho/ordem de nossa expulsão/despejo expressado pela Justiça Federal de Navirai-MS, conforme o processo nº 0000032-87.2012.4.03.6006, em 29/09/2012.

Recebemos esta informação de que nós comunidades, logo seremos atacada, violentada e expulsa da margem do rio pela própria Justiça Federal de Navirai-MS. Assim, fica evidente para nós, que a própria ação da Justiça Federal gera e aumenta as violências contra as nossas vidas, ignorando os nossos direitos de sobreviver na margem de um rio e próximo de nosso território tradicional Pyelito Kue/Mbarakay.

Assim, entendemos claramente que esta decisão da Justiça Federal de Navirai-MS é parte da ação de genocídio/extermínio histórico de povo indígena/nativo/autóctone do MS/Brasil, isto é, a própria ação da Justiça Federal está violentando e exterminado e as nossas vidas. Queremos deixar evidente ao Governo e Justiça Federal que por fim, já perdemos a esperança de sobreviver dignamente e sem violência em nosso território antigo, não acreditamos mais na Justiça Brasileira.

A quem vamos denunciar as violências praticadas contra nossas vidas?? Para qual Justiça do Brasil?? Se a própria Justiça Federal está gerando e alimentando violências contra nós. Nós já avaliamos a nossa situação atual e concluímos que vamos morrer todos mesmo em pouco tempo, não temos e nem teremos perspectiva de vida digna e justa tanto aqui na margem do rio quanto longe daqui. Estamos aqui acampados 50 metros de rio Hovy onde já ocorreram 4 mortos, sendo 2 morreram por meio de suicídio, 2 morte em decorrência de espancamento e tortura de pistoleiros das fazendas. Moramos na margem deste rio Hovy há mais de um (01) ano, estamos sem assistência nenhuma, isolada, cercado de pistoleiros e resistimos até hoje. Comemos comida uma vez por dia. Tudo isso passamos dia-a-dia para recuperar o nosso território antigo Pyleito Kue/Mbarakay.

De fato, sabemos muito bem que no centro desse nosso território antigo estão enterrados vários os nossos avôs e avós, bisavôs e bisavós, ali estão o cemitérios de todos nossos antepassados. Cientes desse fato histórico, nós já vamos e queremos ser morto e enterrado junto aos nossos antepassados aqui mesmo onde estamos hoje, por isso, pedimos ao Governo e Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas solicitamos para decretar a nossa morte coletiva e para enterrar nós todos aqui. Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a nossa dizimação/extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos. Esse é nosso pedido aos juízes federais.

Já aguardamos esta decisão da Justiça Federal, Assim, é para decretar a nossa morte coletiva Guarani e Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay e para enterrar-nos todos aqui. Visto que decidimos integralmente a não sairmos daqui com vida e nem morto e sabemos que não temos mais chance em sobreviver dignamente aqui em nosso território antigo, já sofremos muito e estamos todos massacrados e morrendo de modo acelerado. Sabemos que seremos expulsas daqui da margem do rio pela justiça, porém não vamos sair da margem do rio. Como um povo nativo/indígena histórico, decidimos meramente em ser morto coletivamente aqui. Não temos outra opção, esta é a nossa última decisão unânime diante do despacho da Justiça Federal de Navirai-MS.''

Via Miguel Maron

Via Marina Soucasaux Mendes
http://www.avaaz.org/po/petition/Salvemos_os_indios_GuaraniKaiowa_URGENTE/?tSNpEdb

Enviado pela Avaaz em nome da petição de Valéria



terça-feira, 23 de outubro de 2012

PE. REGINALDO MANZOTTI - V EVANGELIZAR EM FORTALEZA




Padre Reginaldo Manzotti

 reúne 1,6 milhão de pessoas no 

V Evangelizar em Fortaleza

O Padre Reginaldo Manzotti reuniu no último sábado (20 de outubro) 1,6 milhão de pessoas (segundo o Corpo de Bombeiros) no Aterro da Praia de Iracema, em Fortaleza (CE), durante o V Evangelizar. O sacerdote subiu ao palco pontualmente às 18h para a celebração da Santa Missa, seguida da Bênção com o Santíssimo Sacramento e do show Paz e Luz, de lançamento do seu último CD e DVD. O evento foi organizado pela rádio Dom Bosco e contou com várias participações. Junto ao padre Manzotti também se apresentaram a irmã Kelly Patricia e o trio Cantores de Deus (Andréia Zanardi, Dalva Tenório e Karla Fioravante). A praia ficou tomada por milhares moradores de Fortaleza e de caravanas vindas de várias regiões do Ceará e de outros Estados do país, além do Paraguai e Nova Jérsia. No dia anterior, padre Manzotti participou de um programa de TV, concedeu entrevista coletiva à imprensa, visitou as irmãs do Convento Carmelo Santa Teresinha e os voluntários e colaboradores do V Evangelizar.



O CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA



LER, MEDITAR E SEGUIR O CATECISMO DA
IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA

         Disse o saudoso Papa João Paulo II: “...nessa ocasião, os padres sinodais afirmaram:“Muitíssimos expressaram o desejo de que seja composto um Catecismo ou compêndio de toda a doutrina Católica, tanto em matéria de fé como de moral, para que ele seja como um ponto de referência para os Catecismos ou compêndios que venham a ser preparados nas diversas regiões. A apresentação da doutrina deve ser bíblica e litúrgica, oferecendo ao mesmo tempo uma doutrina sã e adaptada a vida atual dos cristãos”. Depois do encerramento do sínodo, fiz meu este desejo, considerando que ele “corresponde à verdadeira necessidade da Igreja universal e das Igrejas particulares”.

         Como não havemos de agradecer de todo o coração ao Senhor, neste dia em que podemos oferecer a toda a Igreja, com o título de “Catecismo da Igreja Católica”, este texto de referência para uma catequese renovada nas fontes vivas da fé.

         Mais adiante continua João Paulo II: “O Catecismo da Igreja Católica é fruto de uma vastíssima colaboração: foi elaborado em seis anos de intenso trabalho, conduzido num espírito de atenta abertura e com apaixonado ardor”.

         Em 1986, confiei a uma Comissão de doze Cardeais e Bispos, presidida pelo senhor Cardeal Joseph Ratzinger - (hoje Papa Bento XVI), o encargo de preparar um projeto para o Catecismo requerido pelos padres do Sínodo. Uma Comissão de redação, composta por sete Bispos diocesanos, peritos em teologia e em catequese, ajudou a Comissão no seu trabalho.

         A Comissão encarregada de dar as diretrizes e de vigiar sobre o desenvolvimento dos trabalhos, seguiu atentamente todas as etapas da redação das nove sucessivas composições. A Comissão de redação, por seu lado, assumiu a responsabilidade de escrever o texto e lhe inserir as modificações pedidas pela Comissão e de examinar as observações de numerosos teólogos, exegetas, catequistas e, sobretudo dos Bispos do mundo inteiro, a fim de melhorar o texto. A Comissão foi sede de intercâmbios frutuosos e enriquecedores, para assegurar a unidade e a homogeneidade do texto.

         O projeto tornou-se objeto de vasta consultação de todos os Bispos católicos, das suas conferências Episcopais ou dos seus sínodos, dos Institutos de teologia e de catequética. No seu conjunto, ele teve um acolhimento amplamente favorável da parte do episcopado. É justo afirmar que este Catecismo é o fruto de uma colaboração de todo o episcopado da Igreja Católica, o qual acolheu com generosidade o meu convite a assumir a própria parte de responsabilidade numa iniciativa que diz respeito, intimamente à vida eclesial. Tal resposta suscita em mim um profundo sentimento de alegria, porque o concurso de tantas vozes exprime verdadeiramente aquela a que se pode chamar a sinfonia da fé. A realização deste Catecismo reflete, deste modo, a natureza colegial do episcopado: testemunha a catolicidade da Igreja.

         Um Catecismo deve apresentar, com fidelidade e de modo orgânico, o ensinamento da Sagrada Escritura, da Tradição viva na Igreja e do Magistério autentico, bem como a herança espiritual dos padres dos santos e das santas da Igreja, para permitir conhecer melhor o mistério cristão e reavivar a fé do povo de Deus. Deve ter em conta as explicações da doutrina que, no decurso dos tempos, o Espírito Santo sugeriu a Igreja.

         É também necessário que ajude a iluminar com a luz da fé, as novas situações e os problemas que ainda não tinham surgido no passado.
         O Catecismo incluirá, portanto, coisas novas e velhas (cf. Mt. 13,52), porque a fé é sempre a mesma e simultaneamente é fonte de luzes e sempre novas.

         Para responder a esta dupla exigência o Catecismo da Igreja Católica por um lado retoma a antiga ordem, a tradicional, já seguida pelo Catecismo de São Pio V, articulando o conteúdo em quatro partes: o Credo, a Sagrada Liturgia, com os Sacramentos em primeiro plano, o agir cristão, exposto a partir dos mandamentos, e por fim a oração cristã. Mas, ao mesmo tempo, o conteúdo é com freqüência expresso de um modo novo, para responder as interrogações da nossa época.

         As quatro partes estão ligadas entre si: o mistério cristão é o objeto da fé (primeira parte); é celebrado e comunicado nos atos litúrgicos (segunda parte); está presente para iluminar e amparar os filhos de Deus no seu agir (terceira parte); funda a nossa oração, cuja expressão privilegiada é o Pai Nosso, e constitui o objeto da nossa súplica, do nosso louvor e da nossa intercessão (quarta parte).

         A liturgia é ela própria oração; a confissão da fé encontra o seu justo lugar na celebração do culto. A graça, fruto dos sacramentos é a condição insubstituível do agir cristão, tal como a participação na liturgia da Igreja requer a fé. Se a fé não se desenvolve nas obras, essa está morta (cf. Tg 2,14-16) e não pode dar frutos de vida eterna.

         Lendo o Catecismo da Igreja Católica, pode-se captar a maravilhosa unidade do mistério de Deus, do seu desígnio de salvação, bem como a centralidade de Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, enviado pelo Pai, feio homem no seio da Santíssima Virgem Maria por obra do Espírito Santo, para ser o nosso Salvador. Morto e ressuscitado, Ele está sempre presente na sua Igreja, particularmente nos Sacramentos; Ele é a fonte da fé, o modelo de agir cristão e o Mestre da nossa oração.

         O Catecismo da Igreja Católica, que aprovei no passado dia 25 de junho e cuja publicação hoje ordeno em virtude da autoridade Apostólica, é uma exposição da fé da Igreja e da doutrina Católica, testemunhadas ou iluminadas pela Sagrada Escritura, pela Tradição Apostólica e pelo Magistério da Igreja. Vejo-o como um instrumento válido e legitimo a serviço da comunhão eclesial e como uma norma segura para o ensino da fé. Sirva ele para a renovação, a qual o Espírito Santo chama incessantemente a Igreja de Deus, Corpo de Cristo, peregrina rumo a luz sem sombras do Reino.

         A aprovação e a publicação do Catecismo da Igreja Católica constituem um serviço que o sucessor de Pedro que prestar a Santa Igreja Católica, a todas as igrejas particulares em paz e em comunhão com a Sé Apostólica de Roma: o serviço de sustentar e confirmar a fé de todos os discípulos dos Senhor Jesus (cf. Lc. 22,32), como também de reforçar os laços da unidade na mesma fé Apostólica.

         Peço, portanto, aos Pastores da Igreja e aos fieis que acolham este Catecismo em espírito de comunhão, e que o usem assiduamente ao cumprirem a sua missão de anunciar a fé e de apelar para a vida evangélica. Este Catecismo lhes é dado a fim de que sirva como texto de referência, seguro e autêntico, para o ensino da doutrina Católica, e de modo muito particular para a elaboração dos Catecismos locais. É também oferecido a todos os fieis que desejam aprofundar o conhecimento das riquezas inexoráveis da salvação (cf. Jô. 8,32). ...O Catecismo da Igreja Católica, por fim, é oferecido a todo o homem que nos pergunte a razão da nossa esperança (cf. 1Pd, 3,15) e queira conhecer aquilo em que a Igreja Católica crê.

         ...No final deste documento que apresenta o Catecismo da Igreja Católica, peço a Santíssima Virgem Maria, Mãe do Verbo Encarnado e Mãe da Igreja, que ampare com a sua poderosa intercessão o empenho catequético da Igreja inteira a todos os níveis nestes tempos em que ela é chamada a um novo esforço de evangelização. Possa a luz da verdadeira fé libertar a humanidade da ignorância e da escravidão do pecado, para a conduzir a única liberdade digna deste nome (cf. Jô. 8,32): a da vida em Jesus Cristo sob a guia do Espírito Santo, na terra e no reino dos céus na plenitude da bem-aventurança da visão de Deus face a face (cf 1 Cor. 13,12; 2 Cor. 5,6-8).

Em 11/10/1992

Joannes Paulus PPII

  1. Para acessar o CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA.

  2. Para Acessar O COMPÊNDIO DO CATECISMO. (Com Perguntas e Respostas.)
       Clique no Link:


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Clip Tu és Pedro / Walmir Alencar - Homenagem ao Beato João Paulo II

Tu és Pedro - Walmir Alencar
HOMENAGEM AO BEATO JOÃO PAULO II

BEATO JOÃO PAULO II - 22 de OUTUBRO - Festa Litúrgica




João Paulo II (1920-2005) foi Papa da Igreja Católica Apostólica Romana. Teve papel importante para o fim do comunismo na Polônia e em vários países da Europa. Teve o terceiro maior pontificado, que iniciou em 16 de outubro de 1978 e só terminou em 2 de abril de 2005 com sua morte, permanecendo 26 anos como soberano da Cidade do Vaticano. De origem polonesa foi o único papa não italiano depois do holandês Adriano VI em 1522. Sabia falar vários idiomas. Visitou 129 países durante seu pontificado. Esteve 4 vezes no Brasil onde visitou várias cidades e reuniu multidões. Exerceu influencia para melhorar as relações entre a religião católica e outras religiões.
João Paulo II (1920-2005) foi Papa da Igreja Católica Apostólica Romana. Nasceu na pequena cidade de Wadowice na Polônia. Filho de Karol Wojtyla e de Kaczorowska, foi batizado com o nome de Karol Jósef Wojtyla. Ficou órfão aos 8 anos e perdeu seus dois irmãos mais velhos. Fez sua primeira comunhão aos 9 anos de idade. Estudou na escola Marcin Wadowita e em 1938 muda-se para a Cracóvia onde estuda na Universidade de Jaguelônica e numa escola de teatro.
João Paulo II teve que trabalhar, para evitar a deportação para a Alemanha, quando as forças nazistas fecharam a Universidade após a invasão da Polônia, na Segunda Guerra Mundial. Seu pai um suboficial do Exército Polonês morreu de ataque cardíaco em 1941. A partir de 1942 sentiu vocação para o sacerdócio e estudou em seminário clandestino na Cracóvia. Terminada a Guerra, continuou seus estudos na Faculdade de Teologia da Universidade de Jaguelônica. Foi ordenado padre no dia 1 de novembro de 1946. Completou o curso universitário em Roma e doutorou-se em teologia na Universidade Católica de Lublin. Foi nomeado bispo auxiliar na Cracóvia em 1958, foi capelão universitário e professor de ética na Cracóvia e Lublin.
Em 1964, Wojtyla assume as funções de arcebispo de Cracóvia, e em 1967, chega a cardeal. Ativo participante no Conselho Vaticano Segundo, representou igualmente a Polônia em cinco Assembleias internacionais de bispos entre 1967 e 1977. Foi eleito Papa em 16 de Outubro de 1978, sucedendo a João Paulo I. Wojtyla adotou então o nome João Paulo II. A 13 de Maio de 1981, foi atingido por um tiro e gravemente ferido durante uma tentativa de assassinato quando entrava na Praça de São Pedro, no Vaticano.
João Paulo II publicou livros de poesia e, sob o pseudônimo de Andrzej Jawien, escreveu uma peça de teatro, "A Loja do Ourives" em 1960. Os seus escritos éticos e teológicos incluem "Amor Frutuoso e Responsável" e "Sinal de Contradição", ambos publicados em 1979. A sua primeira Encíclica, "Redemptor Hominis" (Redentor dos Homens) de 1979 explica a ligação entre a redenção por Cristo e a dignidade humana. Encíclicas posteriores defendem o poder da misericórdia na vida dos homens (1980); a importância do trabalho como "forma de santificação" (1981); a posição da igreja na Europa de Leste (1985); os males do Marxismo, materialismo e ateísmo (1986); o papel da Virgem Maria como fonte da unidade Cristã (1987); os efeitos destrutivos da rivalidade das superpotências (1988); a necessidade de reconciliar o capitalismo com a justiça social (1991) e uma argumentação contra o relativismo moral (1993).
A 11ª encíclica de João Paulo II, "Evalegium Vitae" (1995), reitera a sua posição contra o aborto, controle da natalidade, fertilização in vitro, engenharia genética e eutanásia. Defende também que a pena capital nunca é justificável. A sua 12ª encíclica, "Ut Unum Sint" (1995) se refere a temas que continuam a dividir as igrejas Cristãs, como os sacramentos da Eucaristia, o papel da Virgem Maria e a relação entre as Escrituras e a tradição.
Nos anos 80 e 90, João Paulo II efetuou várias viagens, incluindo visitas a África, Ásia e América; em Setembro de 1993 deslocou-se às repúblicas do Báltico na primeira visita papal a países da ex- União Soviética. João Paulo II influenciou a restauração da democracia e liberdades religiosas na Europa do Leste, especialmente na sua Polônia natal. Reagindo ferozmente à dissidência no interior da Igreja, reafirmou os ensinamentos Católicos Romanos contra a homossexualidade, aborto e métodos "artificiais" de reprodução humana e controle da natalidade, assim como a defesa do celibato dos padres.
No ano 2000, o Ano Sagrado em que a Igreja refletiu os seus 2000 anos de História, João Paulo II pediu perdão pelos pecados cometidos por católico romanos. Apesar de não ter mencionado erros específicos, diversos cardeais reconheceram que o papa se referia às injustiças e intolerância do passado relativamente aos não-católicos. Nestes males reconhece-se o período das Cruzadas, da Inquisição e a apatia da igreja. O pedido de desculpas precedeu uma deslocação de João Paulo II à Terra Santa.
João Paulo II resistiu à secularização da igreja. Ao redefinir as responsabilidades da laicização, dos padres e das ordens religiosas, rejeitou a ordenação das mulheres e opôs-se a participação política e a manutenção de cargos políticos pelos padres. Os seus movimentos ecumênicos iniciais foram dirigidos para a Igreja Ortodoxa e para o Anglicanismo, e não para o Protestantismo Europeu. Atacado pelo Mal de Parkinson morreu aos 84 anos, no Vaticano, após dois dias de agonia às 21h37 de Roma, 16h37 de Brasília, do dia 2 de abril de 2005 em seus aposentos no Palácio Apostólico.


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

FESTA DE SANTA TEREZINHA DO MENINO JESUS! PARTICIPE!



É tempo de Missão!
Mais do que em qualquer outro tempo da história, muitas coisas tem concorrido para que a pessoa humana caia no engano e se afaste de Jesus Cristo e do Evangelho, trazendo para dentro de si, de suas famílias e da sociedade, um profundo vazio existencial, que podemos contemplar através dos índices de miséria, de violência e de uma cultura de desrespeito á vida! Precisamos ajudar nossos irmãos a reencontrar o sentido e alegria de uma vida baseada no valores evangélicos, do amor, da justiça e da partilha . . . Santa Terezinha, na simplicidade de sua  vida, nos aponta o Caminho: Jesus e o seguimento dos seus passos!  Por isso, celebramos o Mistério Pascal de Jesus, na vida daquela que a Igreja proclamou PADROEIRA MUNDIAL DAS MISSÕES!
I L M A M
Instituto de Leigos Missionários da Santa Cruz e do Amor Misericordioso do Coração Eucarístico de Jesus


TEMAS PARA REFLEXÕES DIÁRIAS

1º. Dia – 22 Outubro 2012
Tema“A Fé, grande tesouro da vida”.
1ª. Leitura: Ef. 2, 1 – 10 /  Sl. 99 (100)
Evangelho: Lc 12, 13 – 21
Presidente: Pe. Tomé da Silva – Paróquia de Santana.

2º. Dia – 23 Outubro 2012
Tema: “Manter-se vigilante, exigência de uma fé amadurecida e centralizada em Jesus Cristo e no seu projeto.”
1ª. Leitura: Ef. 2, 12 - 2   /  Sl. 84 (85)
Evangelho: Lc 12, 35 – 38
Presidente: Pe. Fábio Soares Duarte

3º. Dia – 24 Outubro 2012
Tema“A fé cristã é uma exigente vivência cotidiana.”
1ª. Leitura: Ef. 3, 2 - 12  /  Is. 12
Evangelho: Lc 12, 39 – 48
Presidente: Pe. Rdo. Ítalo Arcanjo de Sousa – Reitor do Seminário São José – Sobral/CE
4º. Dia – 25 Outubro 2012
Tema“Abraçar a fé cristã e defrontar-se com os conflitos de mundo secularizado”.

1ª. Leitura: Ef. 3, 14 - 22  /  Sl. 32 (33)
Evangelho: Lc 12, 49 – 53
Presidente: Pe. Antônio José Viana Monte – Paróquia de Nossa Senhora de Fátima – Sobral.

5º. Dia – 26 Outubro 2012
Tema: “Fé cristã e justiça social.”
1ª. Leitura: Ef. 4, 1 - 6  /  Sl. 23 (24)
Evangelho: Lc 12, 54 – 59
Presidente: Pe. João Batista Frota

6º. Dia – 27 Outubro 2012
Tema: “A Fé cristã é sempre alimentada pelo encontro pessoal com o Cristo Misericordioso.”
1ª. Leitura: Jer. 31, 7 - 9  /   Sl. 125 (126)
2ª. Leitura: Hb. 5, 1 - 6
Evangelho: Mc.  10, 46 – 52
Presidente: Pe. João Batista Rodrigues Vasconcelos – Paróquia de Nossa Senhora da Conceição / Sé – Sobral.

7º. Dia – 28 Outubro 2012
Tema:  “Santa Terezinha do Menino Jesus, exemplo de fé, confiança e abandono.”
1ª. Leitura: Jer. 31, 7 - 9  /   Sl. 125 (126)
2ª. Leitura: Hb. 5, 1 - 6
Evangelho: Mc.  10, 46 – 52
Presidente: Pe. Gonçalo Pinho Gomes – Vigário Geral da Diocese de Sobral.

P R O G R A M A Ç Ã O

Dia 22 Outubro 2012 – Às 18 horas Alvorada festiva, com o Hasteamento da Bandeira.
NOVENA e CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA, todos os dias às 19 horas.

Noites culturais – 26 e 27 de outubro, após a  celebração, com a  realização de um bingo, para a manutenção da Casa da Misericórdia e das atividades do Instituto.

TODOS OS DIAS DE 15 às 16 horas, ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO, com a RECITAÇÃO DO TERÇO DA MISERICÓRDIA. – Capela da CASA DA MISERICÓRDIA.

PROCISSÃO DE SANTA TEREZINHA – Domingo, dia 28 às 17 horas, seguida da Celebração Eucarística de encerramento.

Santa Terezinha do Menido Jesus, rogai por nós!





Venha fazer uma experiência de fé e missão conosco!
Reuniões aos domingos, às 16 horas, CASA DA MISERICÓRDIA, Bairro Dom Expedito – Sobral/CE
ILMAM, UMA    VOCAÇÃO NO CORAÇÃO DA IGREJA!

domingo, 14 de outubro de 2012

REFLETINDO O EVANGELHO - XVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM


REFLEXÃO DO EVANGELHO DOMINICAL - Mc 10, 17-30 - 28º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO B



 -“REINO DOS CÉUS conforme Mateus – “REINO DE DEUS” conforme os outros evangelistas.
 
O Reino de Deus é a ideia central de toda a pregação de Jesus. Não é por coincidência que essa expressão está em toda parte nos evangelhos: 14 vezes em Marcos, 39 vezes em Lucas e a expressão “Reino dos Céus” está 39 vezes em Mateus(...)

O REINO DE DEUS é o reinado de Deus sobre os nossos corações, que começa nesta terra de maneira escondida e humilde e continua na Eternidade com glória.

-“Naquele tempo, quando Jesus saiu a caminhar, veio alguém correndo, ajoelhou-se diante dele e perguntou: Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a Vida Eterna?”
O episódio acima fica mais emocionante, se levarmos em conta que o alguém que veio correndo é um jovem (Mt 19,20). Então caminhava Jesus para Jerusalém quando um moço, nos arroubos dos seus jovens anos, chegou correndo, ajoelhou-se aos pés dele e perguntou-lhe:”...que devo fazer para ganhar a Vida Eterna?” Jesus constatou fascinado que ele cumpria, de fato, todos os mandamentos da lei de Deus desde os seus mais tenros anos, o que já deixa todos os jovens de hoje para trás. Lendo o interior do jovem, Jesus constatou que era verdade o que ele dizia, pois Ele olhou com amor para ele. Mas, quando o jovem ouviu “vende tudo o que tens e dá aos pobres”, a coisa mudou. De afogueado que vinha, o jovem entristeceu, porque era muito rico. Motivo da tristeza: as riquezas terrenas já tinham dominado o jovem coração; e de maneira tão forte que ele não teve coragem de corresponder ao olhar tão carinhoso de Jesus e aceitar o convite. Duas grandes forças o puxavam para trás: o fascínio puro e simples das riquezas e a mentalidade judia daquele tempo (errônea) de que ser rico  era ter merecido receber as bênçãos de Javé, ser pobre era não ter merecido tal dádiva: interpretação errada do Deuteronômio (28,2s) : “Bendito seja...o fruto do teu solo, o fruto dos teus animais, a cria das tuas vacas e a prole das tuas ovelhas! Bendito seja o teu cesto e a tua amassadeira!” Então, de acordo com a mentalidade judia, ser rico era sinal de estar nas graças de Deus e os pobre eram tidos como pecadores. Jesus, então, enfrentava uma resistência duplicada à aceitação do seu Reino. Daí a sua triste constatação: “Como era difícil para os ricos entrar no Reino de Deus!” E o grau da dificuldade: “È mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus!” Para compreender a dificuldade nua e crua de um rico entrar no Reino de Deus, constate que um “camelo” aqui é um cabo de grande bitola, uma corda grossa usada na Marinha. Fazer um cabo passar pelo buraco de uma agulha?!...
-MAS ONDE ESTÁ A MALIGNIDADE DAS RIQUEZAS?

O “Reino de Deus”, que podemos também chamar de “Vida Eterna”, é o domínio de Deus em nossos corações, que começa ainda nesta terra de maneira escondida e humilde e continua na Eternidade com glória. A definição está na coluna-laranja do jornal O Domingo de 11.10.2009 (Pe. Nilo Luza): “Vida Eterna é a vida que se inicia no presente e vai além destes poucos anos de nossa existência – é a vida que perdura para sempre.” Então, onde está a malignidade das riquezas? Nós sabemos que o nosso coração é exclusivista. É o templo de um Deus só. Se o “Dinheiro” se entronizar dentro dele, não sobrará lugar para Deus. É simples! E a conclusão está também estampada na bem apresentada coluna-laranja do Pe. Nilo Luza de mesma data: “A riqueza não pode tomar conta do coração (ou seja, você não pode deixar-se dominar pelo “Dinheiro”); quando isso acontece, já não há espaço para Deus nem para os irmãos e irmãs.”

-REFLEXÕES PARA O CÍRCULO BÍBLICO:
  -Procure sentir qual é o espaço que o Dinheiro está ocupando no seu coração e reflita que ele é o maior responsável pela ausência de Deus nele. O desapego é a condição primeira para entrar no Reino de Deus.

Por Francisco Valmir Rocha - Animação Bíblica de Camocim/CE 

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

RARA CALMA - Rosa de Saron

RARA CALMA - Rosa de Saron
Deus sempre conosco!

NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA - PADROEIRA DO BRASIL

 Histórico

Uma rosa de ouro para a Virgem


Em 1967, ano da comemoração do jubileu dos 250 anos do aparecimento da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, o Papa Paulo VI ofertou ao Santuário Nacional da Padroeira do Brasil uma Rosa de Ouro. A entrega desta importante honraria aconteceu na manhã do dia 15 de agosto daquele mesmo ano, com a presença de diversas autoridades civis e religiosas, entre elas o presidente Artur da Costa e Silva.

Atualmente, a Rosa de Ouro encontra-se exposta na Exposição Rainha do Céu, Mãe dos Homens: Aparecida do Brasil no Museu Nossa Senhora Aparecida, no 1º andar da Torre Brasília.

O que é uma Rosa de Ouro?

Os sumos pontífices costumavam oferecer como presente uma Rosa de Ouro, em sinal de particular estima e para distinguir eminentes personalidades que prestavam relevantes serviços à Igreja, ou para honrar cidades, ou ainda para realçar Santuários insignes, como centro de grande devoção. Essa Rosa era artisticamente elaborada segundo o estilo da época.

Descrição histórica da Imagem de Nossa Senhora Aparecida

A Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, foi encontrada no rio Paraíba na segunda quinzena de outubro de 1717, é de terracota, isto é, argila que, depois de modelada, é cozida em forno apropriado, medindo 40 centímetros de altura.

Hipoteticamente, ela teria, originalmente, uma policromia, como era costume na época, mas não há documentos que comprovem. Quando foi pescada, o corpo estava separado da cabeça e, muito provavelmente, sem a policromia original, devido aos anos em que esteve mergulhada nas águas e no lodo do rio.

A cor acanelada com que, hoje, é conhecida ,deve-se ao fato de ter sido exposta, durante anos, ao picumã das chamas das velas e dos candeeiros. Seu estilo é seiscentista, como atestam alguns especialistas que a estudaram.

Entre os que confirmam ser a Imagem do Século XVII estão o Dr. Pedro de Oliveira Ribeiro Neto, os monges beneditinos do mosteiro de São Salvador, na Bahia, Dom Clemente da Silva Nigra e Dom Paulo Lachenmayer.

Finalmente, em 1978, após o atentado que a reduzira em quase duzentos fragmentos, foi encaminhada ao Prof. Pietro Maria Bardi – na época diretor do Museu de Arte de São Paulo – que a examinou, juntamente com o Dr. João Marinho, colecionador de imagens brasileiras.


Foi totalmente reconstituída pela artista plástica Maria Helena Chartuni, na época, restauradora do Museu de Arte de São Paulo. Ainda conforme estudos dos peritos mencionados, a Imagem foi moldada com argila paulista, da região de Santana do Parnaíba, situada na Grande São Paulo.

O mais difícil foi determinar o autor da pequena imagem, pois não está assinada ou datada. Assim, após um estudo comparativo, os peritos chegaram à conclusão de que se tratava de um escultor, discípulo do monge beneditino Frei Agostinho da Piedade, e também seu colega de Ordem, Frei Agostinho de Jesus.

Caracterizam seu estilo: forma sorridente dos lábios, queixo encastoado, tendo, no centro, uma covinha; penteado, flores em relevo, nos cabelos, broche de três pérolas na testa e porte empinado para trás.

Todos estes detalhes se encontram na Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, e, por isso, concluíram os peritos, Dom Clemenente da Silva Nigra e Dom Paulo Lachenmayer, que a Imagem foi esculpida pelo monge beneditino Frei Agostinho de Jesus.

Coroa e Manto

A partir de 8 de setembro de 1904, quando foi coroada, a imagem passou a usar, oficialmente, a coroa ofertada pela Princesa Isabel, em 1884, bem como o manto azul-marinho.

Nossa Senhora da Imaculada Conceição Aparecida
A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida tem seu início pelos meados de 1717, quando chegou a notícia de que o Conde de Assumar, D.Pedro de Almeida e Portugal , Governador da Província de São Paulo e Minas Gerais, iria passar pela Vila de Guaratinguetá, a caminho de Vila Rica, hoje cidade de Ouro Preto - MG.

Convocado pela Câmara de Guaratinguetá, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram a procura de peixes no Rio Paraíba. Desceram o rio e nada conseguiram. Depois de muitas tentativas sem sucesso, chegaram ao Porto Itaguaçu.

João Alves lançou a rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Lançou novamente a rede e apanhou a cabeça da mesma imagem. Daí em diante os peixes chegaram em abundância para os três humildes pescadores.

Durante 15 anos seguidos, a imagem ficou com a família de Felipe Pedroso, que a levou para casa, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para rezar. A devoção foi crescendo no meio do povo e muitas graças foram alcançadas por aqueles que rezavam diante a imagem.

A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil. A família construiu um oratório, que logo tornou-se pequeno. Por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá construiu uma Capela no alto do Morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. Mas o número de fiéis aumentava, e, em 1834 foi iniciada a construção de uma igreja maior (atual Basílica Velha).

No ano de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da Virgem Maria para rezar com a Senhora "Aparecida" das águas.

A 8 de setembro de 1904, a Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi coroada, solenemente, por D. José Camargo Barros. No dia 29 de Abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor.

Vinte anos depois, a 17 de dezembro de 1928, a vila que se formara ao redor da igreja no alto do Morro dos Coqueiros tornou-se Município. E, em 1929, nossa Senhora foi proclamada RAINHA DO BRASIL E SUA PADROEIRA OFICIAL, por determinação do Papa Pio XI.

Com o passar do tempo, a devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi crescendo e o número de romeiros foi aumentando cada vez mais. A primeira Basílica tornou-se pequena.

Era necessário a construção de outro templo, bem maior, que pudesse acomodar tantos romeiros. Por iniciativa dos missionários Redentoristas e dos Senhores Bispos, teve início em 11 de Novembro de 1955 a construção de uma outra igreja, atual Basílica Nova.

Em 1980, ainda em construção, foi consagrada pelo Papa João Paulo ll e recebeu o título de Basílica Menor. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a Basílica de Aparecida:Santuário Nacional; "maior Santuário Mariano do mundo".

O Padre Francisco da Silveira, que escreveu a crônica de uma Missão realizada em Aparecida em 1748, qualificou a imagem da Virgem Aparecida como “famosa pelos muitos milagres realizados”. E acrescentava que numerosos eram os peregrinos que vinham de longas distâncias para agradecer os favores recebidos. Mencionamos aqui três grandes prodígios ocorridos por intercessão de Nossa Senhora Aparecida.

O primeiro prodígio, sem dúvida alguma, foi a pesca abundante que se seguiu ao encontro da imagem. Não há outras referências sobre o fato a não ser aquela da narrativa do achado da imagem: “E, continuando a pescaria, não tendo até então pego peixe algum, dali por diante foi tão abundante a pesca, que receosos de naufragarem pelo muito peixe que tinham nas canoas, os pescadores se retiraram as suas casas, admirados com o que ocorrera.”

Entretanto, o mais simbólico e rico de significativo, sem dúvida, foi o milagre das velas pela sua íntima relação com a fé. Aconteceu no primitivo oratório do Itaguaçu, quando o povo se encontrava em oração diante da imagem.

Numa noite, durante a reza do terço, as velas apagaram-se repentinamente e sem motivo, pois não ventava na ocasião. Houve espanto entre os devotos e, quando Silvana da Rocha procurou acendê-las novamente, elas se acenderam por si, prodigiosamente.

Significativo também é o prodígio das correntes que se soltaram das mãos de um escravo, quando este implorava a proteção da Senhora Aparecida. Existem muitas versões orais sobre o fato. Algumas são ricas em pormenores. O primeiro a mencioná-lo por escrito foi o Padre Claro Francisco de Vasconcelos, em 1828.

A pesca milagrosa

A Câmara Administrativa de Guaratinguetá decidiu e pronto. A época não era favorável à pescaria mas os pescadores que se virassem. O Conde tinha que provar do peixe do rio Paraíba.

E a convocação foi lida em toda a redondeza. João Alves, Domingos Garcia e Felipe Pedroso, moradores de Itaguaçu, pegaram seus barcos, suas redes e se lançaram na difícil tarefa. Remaram a noite toda sem nada pescar.

No Porto de Itaguaçu, lançaram mais uma vez as redes. João Alves sentiu que a sua rede pesava. Serão peixes? Puxou-a. Não. Não eram peixes. Era o corpo de uma imagem. Mas ... e a cabeça, onde estava? Guardou o achado no fundo do barco. Continuaram tentando achar peixes.

De repente, na rede do mesmo pescador, uma cabeça enegrecida de imagem. João Alves pegou o corpo do fundo do barco e aproximou-o da cabeça. Justinhos. Aquilo só podia ser milagre. Benzeram-se e enrolaram os pedaços num pano. Continuaram a pescaria. Agora os peixes sabiam direitinho o endereço de suas redes. E foram tantos que temeram pela fragilidade dos barcos...

O milagre das velas

Depois que chegaram da pescaria onde encontraram a Senhora, Felipe Pedroso levou a imagem para sua casa conservando-a durante 5 anos.

Quando de sua mudança para o bairro da Ponte Alta deu a imagem a seu filho Athanásio Pedroso que morava no Porto de Itaguaçu bem perto de onde seu pai Felipe Pedroso, João Alves e Domingos Garcia haviam encontrado a imagem.

Athanásio fez um altar de madeira e colocou a Imagem Milagrosa da Senhora Aparecida. Aos sábados seus vizinhos se reuniam para rezar um terço em sua devoção. Em certa ocasião, ao rezar o terço, 2 velas se apagaram no altar de Nossa Senhora, o que era muito estranho, pois aquela noite estava muito calma e não havia motivo para o acontecimento.

Silvana da Rocha, que no dia acompanhava o terço, quiz acender as velas, porém, as mesmas se acenderam sem que ninguém as tocasse, como um perfeito milagre. Desta data em diante a Imagem Milagrosa de Nossa Senhora Aparecida deixou de pertencer à família de Felipe Pedroso para ficar pertencendo a todos nós, devotos da Santa Milagrosa.

Romeiros de Nossa Senhora Aparecida

Dos milhões de romeiros que visitam o Santuário Nacional de Aparecida, muitos são portadores de angústia, outros tantos, da esperança. Esperança de cura, de emprego, de melhores dias, de paz.

Eles chegam de ônibus, de carro, de trem (em tempo passado), de moto, de bicicleta, a cavalo e a pé. São pobres e ricos; são cultos e ignorantes; são homens públicos e cidadãos comuns. Aqui estiveram o Papa, príncipes, princesas, presidentes, poetas, padres, bispos, prioras, patrões e empregados. Vieram os pescadores.

Muitos cumprem um ritual que começou com seus avós e persiste até hoje. Outros vêm pela primeira vez. Ficam perplexos diante do tamanho do Santuário e de sua beleza. A Imagem os extasia.

A fé traz o romeiro a Aparecida leva-o a comportamentos de pincéis famosos, câmaras e versos imortais. Olhos que buscam, vasculham ou se fecham para ler as mensagens secretas que trazem na alma. Lábios que balbuciam ave-marias, atropeladas pela pressa das muitas intenções.

Mãos que seguram as contas do rosário, a vela, o retrato, as flores, o chapéu. Joelho que se dobram e se arrastam, em atitude de total despojamento. Pés cansados pela procura de suas certezas. Coração nas mãos em forma de oferenda. Na alma, profundo senso do sagrado.

O chão que pisam, a porta que transpõem, as pessoas que aqui residem, tudo tem para eles significado transcendente. Este é o romeiro de Nossa Senhora Aparecida. Alma pura, simples, do devoto que acredita, que se entrega à proteção dos céus, sem dúvidas ou restrições.

Consagração 50 Anos

Ela teve início dia 31 de maio de 1955, uma terça-feira.

Começou assim:
O Padre Laurindo Häuber, redentorista que trabalhava na Rádio Aparecida, teve uma idéia: Comprou um livro, que chamou de Livro de Ouro, e disse na Rádio que quem quisesse consagrar-se a Nossa Senhora Aparecida, era só escrever para a Rádio que ele anunciava o nome, às 15 horas, e lia a oração da Consagração. Ele ia fazer isso na 3ª, na 5ª e no sábado.

E Padre Laurindo começou então esse programa. Como que ele fazia:
Lia os nomes, dava uma pequena mensagem, lia a oração da Consagração que estava no Manual do Devoto, um livrinho de orações editado pela Editora Santuário em 1904, e em seguida dava a bênção.

Meses depois, o número de nomes enviados aumentou tanto que ele parou de lê-los, deixando de lado o Livro de Ouro. Dali para frente, todos os ouvintes da Consagração passaram a ser consagrados a Nossa Senhora. E assim a Consagração a Nossa Senhora Aparecida adquiriu a mesma forma de celebração e o mesmo feitio que tem hoje.

Inclusive a música de abertura, Roga por nós ó Mãe tão Pia, foi escolhida pelo Padre Laurindo. Um ano depois, em 1956, o Padre Laurindo foi transferido para São Paulo, a fim de trabalhar na Rádio Nove de Julho. Os padres Vítor Coelho de Almeida e Rubem Leme Galvão continuaram fazendo a Consagração. Agora, a semana toda: O Padre Vítor Coelho fazia na 3ª, na 5ª e no sábado, e o Padre Galvão fazia na 2ª, na 4ª e na 6ª feira.

No ano seguinte, o Padre Vítor Coelho assumiu sozinho a Consagração e passou a fazê-la não mais no estúdio da Rádio, mas no Altar Mor da Basílica. Ela deixou então de ser um simples programa de rádio e se tornou uma celebração paralitúrgica no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, como a Hora Mariana, a Novena Perpétua etc.

Padre Vítor a fez durante 31 anos, até a véspera de sua morte, que aconteceu dia 21 de julho de 1987. Em 1988, o Padre César Moreira, então Diretor da Rádio Aparecida, determinou que a Consagração fosse feita também aos Domingos. Após o falecimento do Padre Vítor Coelho, o Padre Alberto Pasquoto assumiu a Consagração, e a fez até o início de 1989.

Em 1989, o Padre Agostinho Frasson a assumiu e fez até 1991. Nos anos 1992 e 1993, quem dirigiu a Consagração foi o Padre Afonso Paschote. Em 1994, o Padre Frasson a assumiu novamente e a fez até 1996. O Padre Antônio Queiroz a assumiu dia 11/01/97, um sábado, sendo que nos seus dias de folga quem fazia era o Padre Silvério Negri. Após o falecimento do Padre Negri, ocorrido dia 28/08/03, nos dias de folga do Padre Queiroz a Consagração entra na escala normal dos trabalhos pastorais da Basílica.

Esta é, resumidamente, a história da Consagração, que dia 31 deste mês completará 50 anos de existência. Em todos esses anos, repito, o modo de fazer a Consagração não mudou, continuando aquele iniciado pelo Padre Laurindo. Desde o início, várias emissoras de rádio começaram a entrar em cadeia com a Rádio Aparecida, às 15 horas, para transmitir a Consagração.

Assim, a Consagração a Nossa Senhora Aparecida abriu caminho para que se formassem redes de Rádio para transmissão de programas religiosos. A UNDA BRASIL (Unda é uma palavra latina que significa onda. É um organismo internacional da Igreja, ligado à comunicação pelo Rádio) promoveu a união dessas redes e criou a Rede Católica de Rádio, que hoje é como uma grande constelação, iluminando todo o céu do Brasil.

Agora, celebrando o cinqüentenário da Consagração, nós queremos agradecer a Deus. Não queremos ser como aqueles nove leprosos curados, que não agradeceram a Deus a sua cura. É interessante que Jesus disse para aquele que voltou: “Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro? E disse-lhe: Levanta-te e vai! Tua fé te salvou” (Lc 17,17-19).

Jesus fala de dar glória a Deus Pai. De fato, Deus Pai é a origem de tudo. Tudo nos vem dele, pelo Filho, no Espírito Santo. Na Consagração a Maria, ela é a intercessora. Por isso agradecemos a ela também. Então, neste Jubileu nós agradecemos a Deus todas as graças que ele concedeu ao povo brasileiro, e a nós, nesses 50 anos.

Concedeu e esperamos que continue concedendo, porque, como diz aquela oração que vem da Igreja Primitiva, jamais se ouviu dizer que algum daqueles que tem recorrido à proteção de Maria e implorado o seu auxílio, fosse por ela desamparado. Nós cristãos fomos consagrados definitivamente a Deus no dia do nosso batismo.

A Consagração a Nossa Senhora, que fazemos todos os dias, é uma entrega de nós mesmos a ela, como um filho ou filha que se joga nos braços da Mãe, para que ela cuide de nós, fazendo-nos felizes e bons discípulos de Jesus.

Pe. Antonio Queiroz dos Santos, C.Ss.R.
Fonte: http://www.santuarionacional.com